terça-feira, 30 de dezembro de 2008

TIM reorganiza sua estrutura no País

São Paulo, 30 de Dezembro de 2008

Luca Luciani foi nomeado membro do conselho de administração e irá assumir o posto de novo presidente da TIM Brasil. O executivo entra no lugar de Mario Cesar Pereira de Araujo, que passa à presidência do conselho da TIM Participações.

As mudanças não param por aí. A TIM aproveitou o fim de ano para anunciar uma reformulação de sua estrutura, dentro de um plano para o próximo triênio.

Às vésperas do Natal, a operadora de telefonia celular que ocupa a terceira posição no País, atrás da Vivo e da Claro, reorganizou três áreas globais: o setor doméstico, o projeto de desmobilização de ativos e o departamento internacional.

A divisão de operações domésticas passa a responder por três áreas. Sob o comando de Oscar Cicchetti, a unidade agrupa negócios de Consumer Market, Business Market e Top Clients & Network IT Services.

O projeto de desmobilização de ativos prevê valorização das atividades não-essenciais (non-core) para se concentrar no mercado doméstico e no Brasil.

Já a diretoria de negócios internacionais é transferida interinamente a Franco Bernabè e tem, entre suas atribuições, o dever de definir estratégias e datas das ações de desmobilização de ativos a fim de maximizar o valor para os acionistas.

Araujo transferido

Mario Cesar Pereira Araujo esteve à frente da operadora, como presidente, desde março de 2003. O executivo foi também presidente do conselho de administração da Associação Nacional das Operadoras de Celular (Acel), do conselho científico do Instituto Ronald McDonald e membro do Conselho Superior de Infra-Estrutura (Coinfra) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Antes da TIM, o engenheiro formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) trabalhou na estatal Telerj, do Rio de Janeiro, na Embratel, na Splice e na Tele Centro Oeste Celular (TCO).
(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 2)(Reuters e redação)


quarta-feira, 7 de maio de 2008

TIM vai promover reestruturação para reverter queda no resultado

Por Taís Fuoco
7 de Maio, 2008 @ 7:32 PM BRT

A TIM Participações contratou uma consultoria para ajudá-la em uma reestruturação que permita aumento da eficiência e corte de custos, diante dos resultados abaixo da expectativa nos três primeiros meses do ano.

A TIM preferiu não divulgar o nome da consultoria, mas, segundo Mario Cesar de Araujo, presidente da operadora, trata-se de "uma empresa de renome". As ações da TIM lideravam as perdas do Ibovespa, recuando às 13h54 mais de 7 por cento.

A companhia encerrou o trimestre passado com um prejuízo mais que cinco vezes maior o registrado no mesmo período de 2007: 107,93 milhões de reais. Além disso, a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em 17,9 por cento contra 23,4 por cento um ano antes.
A idéia, segundo Araújo, é promover uma revisão em todos os processos "para tornar a empresa mais ágil, otimizar e reduzir custos".

De acordo com o executivo, o foco da reestruturação não é cortar postos de trabalho, "mas essa é uma possibilidade que pode surgir com esse trabalho", destacou.

A TIM também informou que fará uma remodelagem de seus canais de televendas para que se tornem mais seletivos, depois de uma estratégia de forte agressividade adotada desde o segundo semestre de 2007 e que resultou em um aumento da inadimplência.

Segundo Araujo, a companhia quer que as equipes promovam um controle maior do crédito e também sejam preparadas para vender os serviços da chamada convergência, ou seja, além do celular com serviços de voz, também pacotes de dados e acesso à Internet, recursos que a companhia passa a destacar com a terceira geração de telefonia móvel, lançada pela TIM em 16 de abril.

No trimestre encerrado em março, a provisão para devedores duvidosos (PDD) da TIM atingiu 271,7 milhões de reais, equivalente a 9,6 por cento da receita líquida de serviços. A meta da operadora, segundo o presidente, é chegar ao final do ano com um índice médio de PDD de seis por cento da receita de serviços.

Contribuindo ainda para a queda nas ações, a companhia revisou meta de crescimento da receita líquida no ano, antes de 12 por cento, para em torno de nove por cento sobre 2007.

"Mantivemos as demais projeções inalteradas", salientou Araujo. A empresa espera manter a margem Ebitda, por exemplo, acima de 23 por cento das receitas este ano.

terça-feira, 22 de abril de 2008

TIM terá que contratar 4.000 empregados terceirizados

Enviado por LUIZ em ter, 22/04/2008 - 22:48.
22/04/2008 - 20h49
PAULO PEIXOTO da Agência Folha, em Belo Horizonte


A Justiça do Trabalho em Minas determinou que a TIM contrate 4.000 trabalhadores que prestam serviços a ela em duas empresas de call center instaladas no Estado.

A Justiça deu prazo para as contratações até o final de maio, conforme a antecipação de tutela na ação civil pública apresentada pelo Ministério Público do Trabalho.

Segundo a procuradora Elaine Nassif, a TIM opera em Minas com cerca de 350 empregados próprios e cerca de 4.000 terceirizados que realizam atividades-fim da empresa de telefonia. De acordo com o MPT, as empresas não podem terceirizar os serviços. Podem, por exemplo, contratar franquias para os atendimentos aos clientes, mas isso não ocorria.

A decisão da juíza substituta da 24ª Vara do Trabalho, Natália Queiroz Rodrigues, determina que as mesmas pessoas que fazem o atendimento por meio da A & C Soluções Ltda e da Líder Terceirização devem ser os contratados.

A TIM tem até o final de maio para apresentar as carteiras de trabalho dessas pessoas devidamente assinadas por ela, sob pena de multa de R$ 2 milhões por empresa.

"Os empregados A & C não se limitam a captar reclamações e pedidos para a TIM solucionar, como deveria ocorrer numa relação legítima. Eles captam pedidos e operacionalizam respectivas soluções, como cancelar linhas. Já os empregados da Líder vendem aparelhos e serviços para a TIM, inclusive em shoppings", disse ela.

Segundo Nassif, o Ministério Público do Trabalho em outros Estados foi alertado sobre a decisão, ocorrida na semana passada, para que os procuradores tenham atenção sobre eventual descumprimento da medida judicial, por meio de contratações em outros Estados.

De acordo com o MPT, a Justiça condenou a TIM a pagar indenização de R$ 6 milhões por "dano moral coletivo e multa de R$ 600 mil por litigância de má-fé".

Nassif disse que isso ocorreu porque a TIM teria protelado durante um ano e meio as decisões da Justiça. Por exemplo: indicando pessoas para serem ouvidas por carta precatória em outros Estados, sendo que elas dificilmente eram localizadas.

Cabe recurso à decisão. Em uma curta nota, a TIM disse que "recebeu a notificação" da Justiça e que "tomará as medidas cabíveis observando a legislação trabalhista vigente e as determinações legais".